sábado, 6 de junho de 2015

Não fuja da genética

Te até um livro com esse nome: A culpa é da Genética.

E pensando bem, pode ser que seja mesmo.

Outro dia eu tive uma prova tão grande disso, que cheguei a ficar rindo muito tempo depois. Adendo: As pessoas que lêem esse blog e conhecem meus pais, sabem que eu não tive muito pra onde fugir no quesito maluquice...

Enfim, outro dia eu liguei pra minha mãe pra gente jogar conversa fora enquanto eu tomava café. Adendo 2: As duas frases que eu mais ouvi na minha infância foi "Não fez mais que sua obrigação" e "Você é igualzinha ao seu pai". E sou mesmo! Não nego. Na teimosia, no sobrancelhão, nas manias... Mas a senhora minha mãe sempre esqueceu do seguinte: Eu puxei o  humor negro e terrível dela! Isso, ela não fala! Mas eu estou aqui pra provar isso em três pequenos exemplos que aconteceram todos na mesma ligação:


  • Há alguns dias a Internet foi tomada por vídeos de pessoas invocando um suposto demônio chamado Charlie (Alguém me explica que tipo de credibilidade eu posso esperar de um demônio chamado Charlie?). Que no final acabou sendo um viral excelente para o filme  A Forca. As crianças brincavam de invocar o Charlie na escola, e claro, meus sobrinhos não ficaram fora dessa... E depois voltaram pra casa com medo e falando que o demônio seguiu elas pra casa (conhecendo meus sobrinhos.. Coitado do Charlie...). Minha sobrinha pergunta à minha mãe "Será que o Charlie veio pra cá pra casa?" Ao que minha mãe responde "Ué, pergunta a ele!" como se ele estivesse ali! Preciso dizer que a menina quase deu troço e saiu correndo? Não, né?
Charlie, charlie... Você não conhece essas crianças...

  • Nessa mesma época, eu estava levemente revoltada com o fato de a criatura marido ter feito a barba enquanto eu estava fora de casa (Oi, meu nome é Susana e eu gosto de homens de barba). E eu falei pra minha mãe, que estava procurando uma foto de um cabelo cortado curtinho de costas que pudesse parecer que era eu. Só pra mandar pra criatura marido e dizer que cortei o cabelo (Sim, eu sou vingativa). Ao que minha mãe responde: "Não, Su... (Me preparei pra lição de moral) Vai numa loja de perucas, coloca uma bem curtinha e tira foto. Assim ele vai ver que é você mesmo com o cabelo curto". Pausa para a apreciação do gênio malvado que é a minha mãe! Eu estava pronta pra receber uma lição de moral, e ela me vem com essa ideia brilhante! Quase que saí correndo procurando uma loja, mas estava tarde e tava tudo engarrafado. Mesmo assim... Brilhante! 
"Gostou do meu cabelo novo, amor?"

  • Minha mãe é manicure, o que é quase uma ilustração do ditado "Casa de ferreiro, espeto de pau". Eu e ela vivemos com as unhas sem fazer. Confesso que mais eu do que ela, o que é culpa da preguiça e somente da preguiça, por que ela me ensinou como fazer. Recentemente, uma das clientes da minha mãe havia morrido, e nesse momento ao telefone ela estava me contando que outra havia morrido também. E eu disse, "Mãe, você tem que parar de matar suas clientes..." Nesse momento as respostas se esperam são "Ai que horror..." ou então "Cruzes!". Mas não a minha mãe! Ela responde: "Pois é! Eu to parecendo o Sweeney Todd!". Nessa hora eu não me aguentei" "Mãe... Que orgulho!"
"Que tal uma francesinha?"

Depois dessa, não venha reclamar comigo do meu jeito! É tudo culpa da genética!